domingo, 18 de março de 2012

Andanças

Por caminhos eu vaguei
Em busca do que eu não sei
Tropecei em muitas pedras
Com algumas ergui castelos

O vento soprou forte
Muitas foram as direções 
As quais ele me desviou
Caminhos traçados de longe
Sem ver pra onde vou

As incertezas da vida
Que buscamos na caminhada
Jamais podem ser achadas
Porque não estão perdidas

Podem ser encontradas 
Em qualquer saída
Nos tropeços e nas erguidas
Pois essa é a nossa vida.

Lennon Slama  

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Música



Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Música
Music lesson Staatliche Antikensammlungen 2421.jpg
Pintura num vaso grego antigo que representa uma lição de música (510 a.C.).
Média Som
Tipos Erudita, popular, religiosa e folclórica
Elementos artísticos Melodia, harmonia, ritmo, dinâmica, timbre
Era de origem Paleolítico

A música (do grego μουσική τέχνη - musiké téchne, a arte das musas)[1] é uma forma de arte que se constitui basicamente em combinar sons e silêncio seguindo, ou não, uma pré-organização ao longo do tempo.[2]

É considerada por diversos autores como uma prática cultural e humana. Atualmente não se conhece nenhuma civilização ou agrupamento que não possua manifestações musicais próprias. Embora nem sempre seja feita com esse objetivo, a música pode ser considerada como uma forma de arte, considerada por muitos como sua principal função.

A criação, a performance, o significado e até mesmo a definição de música variam de acordo com a cultura e o contexto social. A música vai desde composições fortemente organizadas (e a sua recriação na performance), música improvisada até formas aleatórias. A musica pode ser dividida em gêneros e subgêneros, contudo as linhas divisórias e as relações entre géneros musicais são muitas vezes sutis, algumas vezes abertas à interpretação individual e ocasionalmente controversas. Dentro das "artes", a música pode ser classificada como uma arte de representação, uma arte sublime, uma arte de espectáculo.

Para indivíduos de muitas culturas, a música está extremamente ligada à sua vida. A música expandiu-se ao longo dos anos, e atualmente se encontra em diversas utilidades não só como arte, mas também como a militar, educacional ou terapêutica (musicoterapia). Além disso, tem presença central em diversas atividades coletivas, como os rituais religiosos[3], festas e funerais.

Há evidências de que a música é conhecida e praticada desde a pré-história. Provavelmente a observação dos sons da natureza tenha despertado no homem, através do sentido auditivo, a necessidade ou vontade de uma atividade que se baseasse na organização de sons. Embora nenhum critério científico permita estabelecer seu desenvolvimento de forma precisa, a história da música confunde-se, com a própria história do desenvolvimento da inteligência e da cultura humana.

Todo o Sentimento - Chico Buarque



Preciso não dormir
Até se consumar
O tempo
Da gente
Preciso conduzir
Um tempo de te amar
Te amando devagar
E urgentemente
Pretendo descobrir
No último momento
Um tempo que refaz o que desfez
Que recolhe todo o sentimento
E bota no corpo uma outra vez

Prometo te querer
Até o amor cair
Doente
Doente
Prefiro então partir
A tempo de poder
A gente se desvencilhar da gente
Depois de te perder
Te encontro, com certeza
Talvez num tempo da delicadeza
Onde não diremos nada
Nada aconteceu
Apenas seguirei, como encantado
Ao lado teu

http://www.vagalume.com.br/chico-buarque/todo-o-sentimento.html#ixzz1RoD0Z3cr

domingo, 22 de maio de 2011

Verbo Ser



Que vai ser quando crescer?
Vivem perguntando em redor. Que é ser?
É ter um corpo, um jeito, um nome?
Tenho os três. E sou?
Tenho de mudar quando crescer? Usar outro nome, corpo e jeito?
Ou a gente só principia a ser quando cresce?
É terrível, ser? Dói? É bom? É triste?
Ser; pronunciado tão depressa, e cabe tantas coisas?
Repito: Ser, Ser, Ser. Er. R.
Que vou ser quando crescer?
Sou obrigado a? Posso escolher?
Não dá para entender. Não vou ser.
Vou crescer assim mesmo.
Sem ser Esquecer.

Carlos Drummond de Andrade

As Obras de Hesíodo


Hesíodo foi outro poeta antigo a tratar os mitos com abrangência. Sua Teogonia, provavelmente escrita nos séculos VIII ou VII a.C., conta a história da criação do cosmo, o nascimento dos deuses e a ascensão de Zeus ao poder. Seu outro poema Trabalhos e os dias, fala de Prometeu e as cinco idades do mundo.








Teogonia

Proêmio: hino às Musas

Pelas Musas heliconíades comecemos a cantar.
Elas têm grande e divino o monte Hélicon,
em volta da fonte violácea com pés suaves
dançam e do altar do bem forte filho de Crono.
Banharam a tenra pele no Permesso
ou na fonte do Cavalo ou no Olmio divino
e irrompendo com os pés fizeram coros
belos ardentes no ápice do Hélicon.
Daí precipitando-se ocultas por muita névoa
vão em renques noturnos lançando belíssima voz,
hineando Zeus porta-égide, a soberana Hera
de Argos calçada de áureas sandálias,
Atena de olhos glaucos virgem de Zeus porta-égide,
o luminoso Apoio, Ártemis verte-flechas,
Posídon que sustém e treme a terra,
Têmis veneranda, Afrodite de olhos ágeis,
Hebe de áurea coroa, a bela Dione,
Aurora, o grande Sol, a Lua brilhante,
Leto, Jápeto, de curvo pensar,
Terra, o grande Oceano, a Noite negra
e o sagrado ser dos outros imortais sempre vivos.
Elas um dia a Hesíodo ensinaram belo canto
quando pastoreava ovelhas ao pé do Hélicon divino.
Esta palavra primeiro disseram-me as Deusas
Musas olimpíades, virgens de Zeus porta-égide:
“Pastores agrestes, vis infâmias e ventres só,
sabemos muitas mentiras dizer símeis aos fatos
e sabemos, se queremos, dar a ouvir revelações”.
Assim falaram as virgens do grande Zeus verídicas,
por cetro deram-me um ramo, a um loureiro viçoso
colhendo-o admirável, e inspiraram-me um canto
divino para que eu glorie o futuro e o passado,
impeliram-me a hinear o ser dos venturosos sempre vivos
e a elas primeiro e por último sempre cantar.
Mas por que me vem isto de carvalho e de pedra?
Eia! pelas Musas comecemos, elas a Zeus pai
hineando alegram o grande espírito no Olimpo
dizendo o presente, o futuro e o passado
vozes aliando. Infatigável flui o som
das bocas, suave. Brilha o palácio do pai
Zeus troante quando a voz lirial das Deusas
espalha-se, ecoa a cabeça do Olimpo nevado
e o palácio dos imortais. Lançando voz imperecível
o ser venerando dos Deuses primeiro gloriam no canto
dês o começo: os que a Terra e o Céu amplo geraram
e os deles nascidos Deuses doadores de bens,
depois Zeus pai dos Deuses e dos homens,
no começo e fim do canto hineiam as Deusas
o mais forte dos Deuses e o maior em poder,
e ainda o ser de homens e de poderosos Gigantes.
Hineando alegram o espírito de Zeus no Olimpo
Musas olimpíades, virgens de Zeus porta-égide.
. . .

Os Poemas Épicos de Homero


Homero foi um dos primeiros e melhores poetas antigos. A data de seu nascimento é incerta embora os estudiosos concordem em datá-lo por volta dos séculos VIII ou VII a.C. Ele é famoso por dois poemas épicos: a Ilíada que fala dos eventos da guerra de Tróia, a Odisséia, que narra aventuras de Odisseu em sua jornada de regresso à Grécia vindo de Tróia. Essas duas épicas vieram à luz inicialmente na forma de narrativas orais que Homero organizou e reestruturou, tornando-as famosas na Grécia Antiga. Ainda hoje são elogiadas por sua forma direta, pela caracterização e pela rica linguagem poética.

Ilíada – Livro IV

Em consulta com Jove recostados,
Néctar Hebe louçã tempera aos deuses
Na régia de áureo solho, e de áureas taças
Mutuam brindes a atentar em Tróia.
Eis, com mordaz cotejo, a irmã Satúrnio
Remoca: “A Menelau protegem duas,
Juno Argiva e Minerva Alalcomênia,
Que de olhá-lo tranqüilas se comprazem;
De Páris guarda assídua, a mãe dos risos
Da Parca o subtraiu, tem-no em seguro.
Ao bravo Menelau coube a vitória.
Deliberemos se é melhor de novo
Encarniçar a guerra, ou congraçá-los.
A ser a paz jucunda às partes ambas,
Habite-se de Príamo a cidade,
O Atrida reconduza a Grega Helena.”
. . .

Odisséia – Livro I

Canta, ó Musa, o varão que astucioso,
Rasa Ílion santa, errou de clima em clima,
Viu de muitas nações costumes vários.
Mil transes padeceu no equóreo ponto,
5 Por segurar a vida e aos seus a volta;
Baldo afã! pereceram, tendo insanos
Ao claro Hiperiônio os bois comido,
Que não quis para a pátria alumiá-los.
Tudo, ó prole Dial, me aponta e lembra.
10 Da guerra e do mar sevo recolhidos
Os que eram salvos, um por seu consorte
Calipso, ninfa augusta, apetecendo,
Separava-o da esposa em cava gruta.
O céu, porém, traçou, volvendo-se anos,
15 De Ítaca reduzi-lo ao seio amigo,
Onde novos trabalhos o aguardavam:
De Ulisses condoíam-se as deidades;
Mas, sempre infenso, obstava-lhe Netuno,
Este era entre os Etíopes longínquos,
20 Do oriente e ocidente últimos homens,
Num de touros e ovelhas sacrifício
A deleitar-se; e estavam já no alcáçar
Do Olimpo os habitantes em concílio.
. . .

sábado, 21 de maio de 2011

Ânfora de Atena

Ânforas são vasos antigos de origem grega de forma geralmente ovóide e possuidoras de duas alças. Confeccionados em barro ou terracota, com duas asas simétricas, geralmente terminado em sua parte inferior por uma ponta ou um pé estreito. Foi uma das deusas mais representadas na arte grega e sua simbologia exerceu profunda influência sobre o pensamento grego, em especial nos conceitos relativos à justiça, à sabedoria e à função civilizadora da cultura e das artes, cujos reflexos são perceptíveis até nos dias de hoje em todo o ocidente. Sua imagem sofreu várias transformações ao longo dos séculos, incorporando novos atributos, interagindo com novos contextos e influenciando outras figuras simbólicas; foi usada por vários regimes políticos para legitimação de seus princípios, penetrou inclusive na cultura popular, sua intrigante identidade de gênero tem sido de especial apelo para os escritores ligados ao feminismo e à psicologia e, por fim, algumas correntes religiosas contemporâneas voltaram a lhe prestar verdadeiro culto.
O título do blog apresenta como referência a ânfora grega, a qual era usada para guardar principalmente alimentos, e a deusa Atena conhecida como deusa da arte. Metaforicamente a ânfora seria a representação de um recipiente onde a deusa Atena guarda toda sua fonte da arte. Assim como a ânfora era usada para guardar alimento, a deusa Atena usa a sua ânfora para guardar o alimento dos sentimentos expressados nas artes.

Navegantes deste mundo


Nessa imensidão vou navegando
sem rumo, sem vela
Apenas os sentimentos me guiam
À deriva posso estar,
Sem rumo, sem vela

Longe avisto terra,
erguida por sentimentos
angustia, dor, sofrimento,
ódio, raiva, ira.

Para esta terra nem penso meu barco guiar
mas como vou controlá-lo?
não tenho rumo, e nem vela
sou guiado pelas corrente das águas.

Avisto outra terra...
esta mais perto está
suspensa bem alto por
amor, carinho, compaixão,
luta, prazer, paixão
esta terra esta perto, e para lá quero ir.

Sinto a maré me levar...
Para onde irei?
Ainda não sei
Navegando vou...
Um dia de cada vez.

Lennon Slama

Leirbag

O acaso se deparou comigo,
me apresentou alguém.
Devia eu estar ali naquele momento?
Há quem diga que sim, penso que não.

Conheci... vou conhecendo
me iludi, agora vai fluindo
Incerto? È o futuro !
Arrependimento? Talvez.

Ideologias? Inerentes e persuasivas,
consomem minha alma,
desfazem meus pensamentos e os condenam.
Destroem a minha felicidade.

Felicidade? É de certo modo és!
Momentaneamente? Pode ser! Preferível constante.
Melhor eterna, ante que inexistente.

Vale à pena? Ainda não sei!
E em que acreditas? No momento!
E tudo o que aconteceu? Passado!
Te condenam? Sim!
Estás certo do que queres?
A incerteza é o que traz o sofrimento.

Lennon Slama

Dúvidas

Em ti deveras eu confiar?
Quem tu és?
Eres quem me salva ou quem me condena?
O que sentes por mim?
É verdade?
Quando vens?
Encontrarás comigo?
Pensas em mim?
Teu coração, o que sentes?
Duvidas?
Não, apenas o futuro!

Lennon Slama